A Biblioteca da Meia-Noite é, com certeza, um sucesso editorial. São mais de 2 milhões de exemplares vendidos.
Lançado em 2020 com o título original The Midnight Library, traz muitas reflexões a respeito das decisões que tomamos na vida. A pergunta que fica para a gente responder: O que faz a vida valer a pena?
Como indicação de leitura do mês de junho, deixo minhas opiniões dessa obra para vocês conhecerem.
Posso adiantar que é uma leitura fácil, que prende a gente até o final para ver o que vai acontecer com Nora, se ela finalmente vai se acertar na vida.
Sinopse do livro
“Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Vendo pouco sentido em sua existência, ela coleciona tristezas e arrependimentos. Quando Nora se vê na Biblioteca da Meia-Noite, ganha uma oportunidade para fazer tudo de novo.
Como em um passe de mágica, os livros na Biblioteca da Meia-Noite permitem que Nora experimente as vidas que teria vivido se tivesse tomado outras decisões.
Com a ajuda de uma velha amiga, ela agora pode reverter cada uma das ações das quais se arrepende, até chegar à vida real.
Mas nem sempre as coisas correm como o esperado, e o novo rumo que sua vida toma coloca em risco tanto a biblioteca quanto a própria Nora.
Antes que o tempo acabe, ela deve responder à pergunta mais importante de todas: O que faz a vida valer a pena?”
Resumo
O autor inicia o livro abrindo uma contagem regressiva para uma decisão que mudará a vida de Nora. Na primeira parte do livro, conhecemos nossa protagonista, Nora Seed, e o caos em que sua vida se encontra.
Nora se destacou em vários aspectos ao longo de sua juventude. Foi atleta de nível nacional em natação, apontada com melhor aluna da escola, se formou em Filosofia e ainda participou de um grupo musical junto com seu irmão e outros amigos.
Apesar de tudo disso, aos 35 anos, sua vida estava de cabeça para baixo. Com problemas para compreender a vida, ela se encontra solitária, trabalhando num emprego medíocre.
Certa noite, é informada por um amigo que seu gato estava morto na rua. No dia seguinte, chega atrasada ao trabalhado e é dispensada. No caminho de volta para casa, encontra um integrante do grupo musical que ela havia abandonado e têm uma conversa estressante sobre o irmão dela.
Ao chegar em casa, considerando que a vida a tinha deixado de lado, decidiu deixar a vida também.
“Eu tive todas as chances de fazer algo da minha vida, e desperdicei cada uma delas. Por um descuido meu, e para meu azar, o mundo se afastou de mim, e então agora faz todo sentido que eu me afaste dele.”

A Biblioteca da Meia-Noite
E, assim, Nora chega a Biblioteca da Meia-Noite. Lá ela pode acessar as infinitas possibilidades de suas vidas.
Ao iniciar a leitura de algum dos livros que lá existem, ela se transporta imediatamente para aquela “versão” de sua vida, exatamente com a mesma idade que está agora. E, aos poucos, ela vai percebendo o que aconteceu nas anos anteriores.
Desta forma, ela experimenta sua vida cantora – em que ela está numa turnê pelo Brasil -, atleta, glaciologista, dona de um pub, e por aí vai.
Em cada uma delas, ela tem a oportunidade de vivenciar como sua vida é em cada “versão”, com seus lados positivos e negativos. Ao sentir que essa “versão” de sua vida não traz aquilo que procura, Nora retorna para a biblioteca.
A biblioteca “é o intervalo. Não é vida. Não é morte. Não é o mundo real num sentido convencional. Mas também não é um sonho. Não é uma coisa nem outra.”
Nora, depois de vivenciar as inúmeras possibilidades que a vida tinha para lhe oferecer, percebe que já não quer mais morrer, entendendo que a única maneira de aprender a viver é vivendo.
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Minha opinião
Na primeira fase do livro, o autor expõe a vida de Nora e seus problemas. Na verdade, poderia ser a vida de qualquer um.
Numa sequencia de más decisões e infortúnios, Nora foi acumulando tristes experiências na vida. É interessante como o autor vai introduzindo os pensamentos de Nora diante dos fatos e nos fazendo até concordar com seu modo de vida.
A biblioteca é um momento entre a vida e a morte. Faz lembrar daquelas situações de perigo em que a gente diz que viu a vida inteira passar em frações de segundos.
Em cada visita a uma de suas versões, Nora passa por uma “sessão de aprendizado”, e vai modificando seu entendimento de várias situações que aconteceram em sua vida raiz.
Ela passa a enxergar as relações familiares de forma diferente. Da mesma forma, alguns acontecimentos ruins que ela se colocava responsável, passa a perceber que eram inevitáveis.
“E pensem na extremidade de cada um desses pequenos galhos, todos em lugares diferentes, tendo começado do mesmo ponto…”
“Cada pequeno galho percorreu uma única trajetória.”
O autor vai desconstruindo o entendimento que Nora tinha sobre sua vida e, assim, nos instiga a continuar a leitura torcendo pela sua autoafirmação.
“Ela não queria morrer. E não queria viver nenhuma outra vida que não fosse aquela que era sua. Aquela que podia ser uma luta diária muito confusa, mas era sua luta diária muito confusa. Uma bela luta diária muito confusa.” (pg 285)
Conclusão
A Biblioteca da Meia-Noite é um livro bem atual, que incorpora elementos contemporâneos de nossa tecnologia e linguagem.
Ao tratar da pressão que a sociedade nos impõe e as dificuldades de entender como dar mais valor a si próprio, o livro é bastante reflexivo e inspirador. Quem nunca se viu meio perdido na vida?!
Acho que uma boa medida para saber se um livro é bom, é querer ler ele de novo. Pois bem, eu já o li duas vezes e ainda tenho vontade de ler outras vezes. Então, respondendo a pergunta de sempre: A Biblioteca da Meia-Noite vale a pena? Sim! Recomendo!
Você já leu esse livro? Conte para nós suas impressões! Espero que tenha gostado dessa resenha. Deixe nos comentários suas observações, críticas e sugestões. Até a próxima!
Próxima leitura – Mês de julho
A Longa Marcha, de Richard Bachman (pseudônimo de Stephen King)
“Não é aquilo para o que você olha que importa, mas o que você vê.
Henry David Thoreau
Alberto Ramos
autorO autor é pós-graduado em Comunicação Social.
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