Todos nós ficamos em dúvida sobre que presente dar para uma criança. Seja aniversário, Dia das crianças ou Natal, ao comprar um presente para os filhos de um(a) amigo(a) ou para os nossos próprios filhos, sempre nos perguntamos sobre qual o presente mais indicado para aquela idade.
Sabemos que em cada faixa etária a criança está em uma fase de desenvolvimento diferente, precisando de diferentes estímulos sensoriais e psicológicos. Desta forma, o ideal é que busquemos presentes apropriados que agradem a criança e que forneçam exatamente o que ela precisa para o seu crescimento dentro da fase na qual ela se encontra.
No mundo contemporâneo, sabemos que, normalmente, o que a criança realmente quer ganhar é um brinquedo, algo que ilumine seus olhinhos. Cabe a nós buscar algo que seja divertido para ela e que, ao mesmo tempo, vá estimular o seu desenvolvimento. Então você quer saber que presente dar para uma criança? Nesse artigo vamos apresentar os presentes mais indicados para cada faixa etária, de acordo com psicólogos e especialistas no assunto.
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O desenvolvimento Infantil
Uma boa maneira de saber que presente dar para uma criança é entender o que ela já deveria conseguir fazer de acordo com a idade dela. Abaixo, estão alguns parâmetros sugeridos na caderneta de saúde da criança. É claro, cada criança tem o seu ritmo de crescimento e desenvolvimento. Estes parâmetros não são definitivos, servem unicamente para termos uma noção de sua capacidade.
O que a criança já deve ser capaz de fazer
- de 0 a 2 meses: reconhece a mãe; observa o seu entorno; presta atenção aos sons; responde sorrisos.
- de 2 a 4 meses: segue com os olhos as pessoas e objetos próximos; leva a mão à boca; brinca com a voz.
- de 4 a 6 meses: agarra brinquedos; procura de onde vem os sons; rola na cama.
- de 6 a 9 meses: senta sem apoio; passa objetos de uma mão para a outra; repete sons (pa-pa / ma-ma); começa a engatinhar.
- de 9 a 12 meses: pode ficar em pé com apoio; bate palmas; dá tchau; consegue apontar aquilo que deseja.
- de 1 a 2 anos: anda sozinha; entende ordens simples; quer comer sozinha; gosta de ouvir histórias; gosta de dançar; testa limites e fala bastante o não; pode ajudar a se vestir; começa a aprender a controlar cocô e xixi.
- de 2 a 3 anos: corre e sobe escadas; pergunta o nome das coisas; gosta de brincar com outras crianças.
- de 3 a 6 anos: Veste-se sozinha; pergunta bastante “por quê”; já fala de forma compreensível.
- de 6 a 10 anos: Tem interesse por grupos de amigos e atividades independentes da família.
Que presente dar para uma criança de acordo com sua faixa etária
Agora que já revisamos como é seu desenvolvimento, fica mais fácil saber que presente dar para uma criança. Segue, então, algumas sugestões de brinquedos, porém nada impede perguntar aos próprios pais da criança se eles têm alguma sugestão. Fica a dica.
De 0 a 6 meses
Móbiles, brinquedos musicais apropriados, mordedores, argolas e chocalhos. Objetos decorativos para o quarto da criança, tais como abajures e quadros também podem ser considerados.
De 6 meses a 1 ano
Brinquedos de encaixar e empilhar; brinquedos interativos que emitem sons, tapetinhos, brinquedos para a hora do banho, mordedores.
De 1 a 2 anos
Brinquedos musicais; brinquedos de abrir, fechar, apertar e puxar, bolas, bonecos de materiais atóxicos, tapetinhos, livrinhos.
De 3 a 4 anos
Quebra-cabeças com peças grandes, jogos de memória simples, brinquedos de montar mais detalhados, massinhas de modelar e formas, bolas, bicicletas.
De 4 a 6 anos
Quebra-cabeças maiores (até 100 peças), dominó, lápis de cor, livros infantis, jogos de tabuleiro simples, bicicletas, bonecos e bonecas, brinquedos para montar (tipo LEGO), fantasias de personagens.
De 6 a 10 anos
Brinquedos mais complexos já podem entrar em campo, tais como patins, jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, bonecas e bonecos com peças menores, bolas, kits de peças para montar, bicicletas, skate. Os livros infantis e infanto-juvenis e fantasias de personagens também são boas sugestões nessa faixa etária. Vídeo games, apesar de haver diferentes linhas de pensamentos, são ótimos para o desenvolvimento cognitivo, coordenação motora fina, entre outros aspectos. Só não pode exagerar.
De 10 a 16 anos
Crianças e pré-adolescentes, além dos jogos de tabuleiros (que já podem ser bem complexos, tais como WAR, e Banco Imobiliário), já podem ser inseridos no mundo dos esportes. Então, conhecer do que a criança gosta e demonstra aptidão é uma boa para não errar no presente. A partir desta idade o aparelho celular já pode ser integrado à vida deles.
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Cuidados e contra indicações
Ok. Agora você já tem várias sugestões de que presentes dar para uma criança, porém ainda é preciso estar atento. No Brasil, existe o Serviço Brasileiro de Certificação, do qual o Inmetro faz parte. O Inmetro verifica a qualidade e segurança dos produtos disponíveis no mercado, porém nem tudo é garantido. Cabe, primordialmente, aos pais verificar constantemente os brinquedos dos filhos para evitar qualquer acidente.
Desta forma, esteja sempre atento às embalagens dos produtos para verificar se corresponde à faixa etária da criança, e se os materiais utilizados são atóxicos. Fiscalize os produtos para checar se a tinta está soltando, se existem peças pequenas que se soltam e possam ser engolidas. Não relaxe quando o assunto é o bem-estar e a segurança do seu filho.
Armas de brinquedo
Quanto às armas de brinquedo, aconselho nunca dar este tipo de presente para o filho de outras pessoas. Seja como for, uma arma de brinquedo é, dos brinquedos, o mais ligado à violência. Pode ser que, no futuro, essa criança não desenvolva nenhuma tendência à violência (na verdade, não há uma conclusão a esse respeito), mas o mais sensato é deixá-las fora desse contexto.
Atualmente, é fácil encontrar nas telas personagens que as crianças querem copiar. Então, as crianças, mais cedo ou mais tarde, principalmente os meninos, podem nutrir um desejo por aquela arminha da vitrine, ou aquela que o amiguinho já tem. É normal. Se não houver jeito, opte por aquelas que não imitam armas de verdade. Quer queiramos ou não, faz parte da nossa realidade, da nossa cultura, afinal, os mocinhos precisam de armas para vencer os bandidos.
Vídeo game
Os maiores problemas do vídeo game são a dosagem e a faixa etária que precisa ser adequada à idade da criança. O vídeo game, por si só, bem dosado, traz inúmeros benefícios para uma criança, tanto nos aspectos motores quanto nos aspectos intelectuais e sociais. Nos games, as crianças encontram estímulos para ultrapassar suas limitações, aprender outras línguas, interagir com outras crianças, até mesmo fazer atividade física, como por exemplo nos jogos de dança e nos de realidade virtual, mas não dá para ficar jogando o dia inteiro.
O grande vilão dos games é o abuso, o vício! O tempo que estaria destinado para outras atividades, tais como tarefas escolares, atividades ao ar livre e no próprio relacionamento familiar, está sendo drenado pela máquina. Além disso, uma postura corporal errada pode acabar prejudicando o desenvolvimento e a saúde da criança. Desta forma, o ideal é seguir a regra de duas horas diárias, no máximo. Assim, a criança se diverte, aprende a seguir regras e pode aproveitar melhor seu tempo.
Celular e Tablet
Neste aspecto, faço uma abordagem sobre o uso precoce do celular. É fácil cruzarmos nos ruas com carrinhos de bebê e vermos crianças na mais tenra idade se distraindo com um celular. Qual o problema? Inúmeros! “As crianças e adolescentes precisam do contato social, da interação e dos estímulos ambientais para se desenvolverem adequadamente” explica matéria no blog do SABIN.
As crianças mais novas precisam observar o mundo ao seu redor, ter experiências reais, e não ficar imersas em um mundo de fantasia. Esse é um dever dos pais: prover essas experiencias, prover as oportunidades para que isso aconteça. Porém, hoje em dia, muitos pais preferem dar um celular para a criança para se livrar dessas responsabilidades.
Outra questão é a maturidade da própria criança para entender que nem tudo que está no celular é verdadeiro. Se os pais deixam o celular com a criança, sem controle do que ela acessa, em pouco tempo ela estará assistindo vídeos totalmente inapropriados para ela na internet.
O recomendado é que a criança só passe a usar o celular a partir dos dez anos, considerando, principalmente, a necessidade de se comunicar com os pais. Fora isso, estabeleça um limite de tempo para o uso diário, como no caso do vídeo game.
Aqui encerramos nosso artigo sobre que presente dar para uma criança. Gostou do artigo? Tem alguma observação a fazer? Deixe nos comentários. Sua participação é muito importante para nós. Agradecemos sua companhia e até a próxima!
Referências bibliográficas
- “Saiba escolher os Brinquedos Indicados para Cada Idade”, disponível em Clia Psicologia
- “Dia das Crianças: Como escolher o brinquedo ideal para cada faixa etária?”, disponível em Sociedade Brasileira de Pediatria
- “Com que idade crianças e adolescentes podem ter celular ou sair sozinhos? Especialistas opinam”, disponível em CNN Brasil
- “Descubra o que são funções executivas e seus impactos na aprendizagem infantil”, disponível em CatracaLivre
- “Celular para crianças: risco do uso de telas na infância”, disponível em Blog Sabin
Créditos de imagens:
Capa: Foto de Nicole Michalou